quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Número de mulheres infectadas com mais de 50 anos sobe 396%

Apesar do número de casos confirmados de aids, entre 1993 a 2003, ter subido 130% entre os homens e 396% entre as mulheres com mais de 50 anos, até hoje não foram criadas campanhas publicitárias específicas para esse público. Na Câmara de Deputados em Brasília, está em tramitação um Projeto de Lei, do deputado Carlos Nader (PL-RJ), propondo uma campanha permanente e obrigatória de prevenção à aids para pessoas da terceira idade, circulando, no mínimo, duas vezes por ano na mídia impressa e eletrônica, incluindo sites na internet. A proposta sugere que as mensagens publicitárias tenham como enfoque a prevenção, como o uso de preservativos.
Embora os procedimentos para o tratamento de pessoas vivendo com aids com mais de 60 anos sejam os mesmos previstos no Consenso Brasileiro do Ministério da Saúde para adultos, percebe-se que algumas doenças comuns à Terceira Idade podem se tornar mais graves com o uso freqüente dos anti-retrovirais. A médica Valéria Ribeiro Filho explica que há uma tendência de maior fragilidade do sistema imunológico nesta faixa etária. Segundo ela, “são pessoas mais sujeitas a pneumonias e gripes, tanto que tomam vacinas para se prevenir. Doenças como a osteoporose, por exemplo, costumam se intensificar com o uso de anti-retrovirais, o que torna necessário um reforço de cálcio para esses pacientes”. No caso das mulheres, observa-se que a menopausa é mais precoce, mas a médica do hospital da UFRJ ressalta que faltam pesquisas para confirmar cientificamente essa hipótese.
A psicóloga Marlene Zornetta, que está estudando o comportamento de pacientes da Terceira Idade infectados pelo HIV, observa que essas pessoas, em alguns momentos, apresentam características semelhantes aos adolescentes: “Eles são preconceituosos e temerosos em revelar sua condição de soropositivos para o HIV, dificultando o trabalho psicológico em grupo”. Quanto à adesão ao tratamento, tanto Marlene quanto Valéria afirmam que a disciplina com os anti-retrovirais é uma característica pessoal e não varia conforme a faixa etária: “A adesão ao tratamento está relacionada a diversos fatores individuais, e não à faixa etária. Essa atitude positiva ao tratamento é uma decisão de cada paciente”, destaca a psicóloga.

Referências Bibliográficas
 

Atividade Sexual Após o Envelhecimento

A idéia de que as pessoas perdem suas habilidade sexuais à medida em que envelhecem, não passa de uma grande mentira. A verdade é que o sexo, assim como várias atividades, vão se tornando menos necessárias, com a idade. O mito, entretanto, é alimentado pela desinformação e pela má interpretação das inevitáveis mudanças fisiológicas, que ocorrem nos indivíduos de mais idade.
Na maior parte das vezes, o fracasso sexual ou a evitação sexual é induzida pelo pessimismo e ansiedade gerada pela má informação. O fato de haver uma diminuição na freqüência das atividades sexuais, não significa fim da expressão ou do desejo sexual.
Em idades mais jovens existe uma grande preocupação com a " quantidade " de atividades sexuais; em idades mais avançadas esta noção de quantidade deve e pode sadiamente, ser substituída por uma noção de " qualidade ". Se um jovem precisa de várias atividades para encontrar satisfação o indivíduo de mais idade pode encontrar o " mesmo grau de satisfação " com um número bem menor de intercursos sexuais. Isto se deve ao fato do aprimoramento decorrente das experiências sexuais durante a vida.
·         Até que idade, um homem e potente sexualmente ?
Este tipo de questão, foi gerada, por um preconceito em relação às pessoas mais velhas. Creio que, a maior parte dos leitores, já ouviu " brincadeiras " (de muito mau gosto, diga-se de passagem), quanto ao fracasso sexual da pessoa mais velha. Ficou velho = pifou, não dá no couro, fica broxa, etc., são apenas expressões maldosas, que unicamente demonstram, nossa falta de educação sexual e respeito à condição humana. O homem, na verdade é potente enquanto estiver vivo. Enquanto seu coração estiver pulsando ele é um indivíduo potente sexualmente. Salvo em alguns casos, onde exista alguma doença orgânica, que impeça atividades físicas.
·         Até que idade ocorre ereção?
A ereção ocorre, conforme citamos, até o fim da vida. Existe com o aumento da idade, uma maior necessidade de estímulos, para que ocorra a ereção. Se, em um jovem a ereção ocorre imediatamente, numa pessoa de maior idade a ereção é um pouco mais demorada. Isto se prende ao fato do desgaste físico, comum às idades mais avançadas. Por exemplo; Se um jovem sobe uma escada correndo. Uma pessoa de mais idade, vai subir andando, mas os dois vão chegar ao topo. Com a ereção e a atividade sexual ocorre o mesmo.
·         A pessoa mais velha tem desejo sexual ?
O interesse e o desejo sexual nada tem a ver com a idade. Em qualquer etapa da vida ele se manifesta. Esta idéia de que a pessoa de mais idade perde o interesse pelo sexo é errônea. Assim como, se a pessoa de mais idade demonstra grande interesse pelo sexo, ela não é como muitos " desinformados " dizem : um maníaco sexual. O interesse sexual existe e deve existir sempre, pois ele é a própria expressão do impulso de vida.
·         Por que após a menopausa fica mais difícil a penetração vaginal ?
As duas principais alterações que ocorrem com a menopausa, relacionadas com a pergunta são a diminuição da mucosa vaginal e a redução da lubrificação vaginal. Com estas ocorrências, a mulher pode sentir certo desconforto no início de uma penetração vaginal. Este desconforto pode ser diminuído com o aumento de carícias preliminares ou anulado com o uso de algum creme lubrificante, assim permitindo que a ação sexual seja agradável em todas etapas.
·         Mulher de idade avançada pode ter prazer sexual ?
Sim. A capacidade orgânica ou capacidade de gozo sexual não declina ou acaba com o aumento da idade. O prazer sexual pode ser obtido e desfrutado pela mulher em qualquer idade. Em qualquer idade a mulher é responsiva orgasticamente. Carícias são agradáveis sempre. Carinho sempre é bom de se dar e de se receber. A capacidade e a emoção do amor não pergunta a idade da pessoa atingida.


http://www.prosex.org.br/sexual2.html
Referências Bibliográficas
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Do Diagnóstico ao tratamento

Diagnóstico de idosos

A fragilidade do sistema imunológico em pessoas com mais de 60 anos dificulta o diagnóstico de infecção por HIV, vírus causador da aids. Isso ocorre por que, com o envelhecimento, algumas doenças tornam-se comuns. E os sintomas da aids podem ser confundidos com os dessas outras infecções.
Tanto a pessoa idosa quanto os profissionais da saúde tendem a não pensar na aids e, muitas vezes, negligenciam a doença nessa faixa etária. E o diagnóstico tardio de aids permite o aparecimento de infecções cada vez mais graves e compromete a saúde mental (podendo causar até demência).
Quanto antes começar o tratamento correto da aids, mais o soropositivo ganha em qualidade de vida. Por isso, recomenda-se fazer o teste. É rápido, seguro e pode ser feito em qualquer unidade pública de saúde.


Adesão ao tratamento


O acolhimento da pessoa idosa soropositiva pela equipe do serviço assume um papel de grande importância a fim de que possam, conjuntamente, acompanhar e delinear um plano terapêutico e superar eventuais dificuldades do tratamento.
Em função de alterações típicas nessa faixa etária (dificuldades visuais e da memória para fatos recentes), sugere-se:
  • O uso de letras de tamanho visível nas prescrições em geral, de preferência de fôrma, e sempre que necessário encaminhar o paciente para avaliação oftalmológica;
  • Identificar se as informações foram bem compreendidas e memorizadas;
  • Valorizar estratégias para evitar os esquecimentos no uso da medicação (despertadores, lembretes no celular, tabelas com horários e doses em locais estratégicos da casa etc).
Referências Bibliográficas
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde Programa Nacional de DST e Aids. Série A. Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e aids - Normas e Manuais Técnicos. Série Manuais n. 84. Brasília-DF. 2008.

Questionário e Resposta

Foi feita uma pesquisa com 14 pessoas nas ruas da Ceilândia. As perguntas foram:

E as resposta foram:

2 Pessoas marcaram com Anônimas

A média de idade foi:
*Mulheres: 60 anos
*Homens: 61 anos
Participaram 10 Mulheres e 4 Homens. Um total de 14 pessoas.







DST contraidas: Gonorreia e Candidíase

sábado, 26 de novembro de 2011

Saiba Mais

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), pertencem à terceira idade os indivíduos a partir dos 60 anos, mas quando falam de infecção pelo HIV, são ditos como idosos os indivíduos infectados com idade igual ou superior a 50 anos.
A AIDS sempre foi vista como uma doença de jovens e adultos, como se a população mais velha não fosse sexualmente ativa, o que não é a verdade. Muitos preconceitos cercam a vivência da sexualidade em pessoas acima dos 60 anos e isso reforça o estereótipo da velhice assexuada, levando a atitudes e comportamentos que podem elevar a vulnerabilidade do idoso frente às questões como a AIDS.
Esse pensamento de que idoso não tem vida sexual ativa impede, quase sempre, um diagnóstico precoce de infecção pelo HIV e a ideia de que um paciente idoso possa ter contraído HIV será a última possibilidade investigada, quando todas as opções restantes forem esgotadas.




Transmissão
O fator de risco dominante entre idosos é o mesmo que para os outros grupos de idade: os comportamentos de risco, como sexo desprotegido, múltiplos parceiros sexuais, infecções sexualmente transmissíveis e o uso de drogas injetáveis.
A forma de transmissão predominante é por via heterossexual, tanto no sexo feminino (90,4% dos casos) como no masculino (29,7% dos casos). Entre os homens, a segunda principal forma de transmissão é homossexual (20,7% dos casos), seguida de uso de drogas injetáveis (19%). Nas mulheres, a segunda maior forma de transmissão se dá entre usuários de drogas injetáveis, com 8,5% dos casos.




Por que os idosos adquirem o vírus?
Por causa do desenvolvimento de drogas contra a impotência sexual, homens mais velhos que nem tinham mais relações sexuais tornaram-se sexualmente ativos novamente. Eles precisam, então, de informações sobre a doença, pois faltam ações preventivas voltadas para esse grupo.
Existem também as questões culturais que permanecem, como a aceitação social da infidelidade e da multiplicidade de parceiras, na trajetória da vida dos homens que hoje têm mais de 60 anos e que não praticam sexo seguro porque isso nunca fez parte da vida deles, resultado da construção social e gênero.
Os idosos tendem a ver as “camisinhas” como uma medida contraceptiva, de modo que as mulheres que já não temem uma gravidez não-desejada podem não insistir em seu uso. Estas também sofrem as mudanças físicas da idade, que afetam sua vulnerabilidade ao HIV.
Na pós-menopausa, as paredes vaginais ficam mais finas e ocorre a diminuição de sua lubrificação, podendo colocar as mulheres idosas em um risco mais elevado para infecção ao HIV durante a relação sexual.




ENFIM
Em decorrência do progressivo aumento do número de casos de HIV/AIDS nessa faixa etária, observa-se a necessidade de estudar este novo contexto, com o intuito de fornecer subsídios para avaliação do desempenho profissional no atendimento prestado e para a elaboração de medidas efetivas visando a promover melhor atendimento a essa população e seus familiares.
Isso porque, a informação sobre prevenção é direcionada quase exclusivamente aos jovens e a consciência sobre fatores de risco para idosos é baixa, e ainda, a falta de consciência dos profissionais de saúde também é uma barreira para a educação dos idosos sobre os riscos da doença. Seria muito importante essa realização de ações de prevenção e capacitação dos profissionais de saúde, o que possibilitaria que um maior número de pessoas idosas fosse orientado sobre o assunto, diminuindo assim a crescente disseminação desta doença nessa faixa etária.



Referências Bibliográficas
VITTALLE, Rio Grande, 20(1): 107-122, 2008. GOMES, S. F.; SILVA, C. M. da. Perfil dos idosos infectados pelo HIV/AIDS: Uma revisão.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Porque falar sobre gente velha?

É, pode parece a coisa mais improvável do mundo, mas acredite, GENTE VELHA TRANSA. Tanto é que o número de casos de AIDS entre pessoas acima dos 60 anos quase triplicou entre 1997 e 2007, segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2009, passando de 497 para 1.263 novos casos.
Pois é eles fazem, e fazem sem camisinha. E é por isso que nós vamos falar sobre os idosos, porque mesmo com a probabilidade de gravidez praticamente descartada é preciso usar camisinha, mesmo que você seja velho!