sábado, 26 de novembro de 2011

Saiba Mais

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), pertencem à terceira idade os indivíduos a partir dos 60 anos, mas quando falam de infecção pelo HIV, são ditos como idosos os indivíduos infectados com idade igual ou superior a 50 anos.
A AIDS sempre foi vista como uma doença de jovens e adultos, como se a população mais velha não fosse sexualmente ativa, o que não é a verdade. Muitos preconceitos cercam a vivência da sexualidade em pessoas acima dos 60 anos e isso reforça o estereótipo da velhice assexuada, levando a atitudes e comportamentos que podem elevar a vulnerabilidade do idoso frente às questões como a AIDS.
Esse pensamento de que idoso não tem vida sexual ativa impede, quase sempre, um diagnóstico precoce de infecção pelo HIV e a ideia de que um paciente idoso possa ter contraído HIV será a última possibilidade investigada, quando todas as opções restantes forem esgotadas.




Transmissão
O fator de risco dominante entre idosos é o mesmo que para os outros grupos de idade: os comportamentos de risco, como sexo desprotegido, múltiplos parceiros sexuais, infecções sexualmente transmissíveis e o uso de drogas injetáveis.
A forma de transmissão predominante é por via heterossexual, tanto no sexo feminino (90,4% dos casos) como no masculino (29,7% dos casos). Entre os homens, a segunda principal forma de transmissão é homossexual (20,7% dos casos), seguida de uso de drogas injetáveis (19%). Nas mulheres, a segunda maior forma de transmissão se dá entre usuários de drogas injetáveis, com 8,5% dos casos.




Por que os idosos adquirem o vírus?
Por causa do desenvolvimento de drogas contra a impotência sexual, homens mais velhos que nem tinham mais relações sexuais tornaram-se sexualmente ativos novamente. Eles precisam, então, de informações sobre a doença, pois faltam ações preventivas voltadas para esse grupo.
Existem também as questões culturais que permanecem, como a aceitação social da infidelidade e da multiplicidade de parceiras, na trajetória da vida dos homens que hoje têm mais de 60 anos e que não praticam sexo seguro porque isso nunca fez parte da vida deles, resultado da construção social e gênero.
Os idosos tendem a ver as “camisinhas” como uma medida contraceptiva, de modo que as mulheres que já não temem uma gravidez não-desejada podem não insistir em seu uso. Estas também sofrem as mudanças físicas da idade, que afetam sua vulnerabilidade ao HIV.
Na pós-menopausa, as paredes vaginais ficam mais finas e ocorre a diminuição de sua lubrificação, podendo colocar as mulheres idosas em um risco mais elevado para infecção ao HIV durante a relação sexual.




ENFIM
Em decorrência do progressivo aumento do número de casos de HIV/AIDS nessa faixa etária, observa-se a necessidade de estudar este novo contexto, com o intuito de fornecer subsídios para avaliação do desempenho profissional no atendimento prestado e para a elaboração de medidas efetivas visando a promover melhor atendimento a essa população e seus familiares.
Isso porque, a informação sobre prevenção é direcionada quase exclusivamente aos jovens e a consciência sobre fatores de risco para idosos é baixa, e ainda, a falta de consciência dos profissionais de saúde também é uma barreira para a educação dos idosos sobre os riscos da doença. Seria muito importante essa realização de ações de prevenção e capacitação dos profissionais de saúde, o que possibilitaria que um maior número de pessoas idosas fosse orientado sobre o assunto, diminuindo assim a crescente disseminação desta doença nessa faixa etária.



Referências Bibliográficas
VITTALLE, Rio Grande, 20(1): 107-122, 2008. GOMES, S. F.; SILVA, C. M. da. Perfil dos idosos infectados pelo HIV/AIDS: Uma revisão.

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